O SNTSF acompanha a Comissão para a Defesa da Linha do Oeste na luta pelo investimento e concretização do projeto de modernização da Linha do Oeste.
A falta de investimento no sector tem sido uma das nossas principais denúncias feitas ao longo dos anos.
A redução de comboios e o encerramento de linhas durante as últimas décadas, tem privado as populações ao transporte ferroviário quando este devia ser valorizado e ser a principal aposta no desenvolvimento de um sistema nacional de transportes.
Alguns acordaram agora ou fingiram reparar numa pequena parte de um problema que se tem agravado á anos na falta de material circulante, degradação das infraestruturas, falta de trabalhadores e falta de mais linhas.
A aposta tem sido sempre em liquidar tudo o que não permitir altas taxas de lucro a operadores privados, desprezando as vantagens para as populações e as empresas de uma rede de transportes públicos.
Na linha do Oeste, ao longo dos anos tem sido praticado horários para deixar gradualmente de servir as populações, têm deixado degradar as estações e as infraestruturas não fazendo nenhum investimento numa linha com grande potencial, quer a nível de tráfego de passageiros, quer a nível de mercadorias pelo que consideramos que o investimento é urgente.
O aumento da oferta, a conjugação dos horários com as necessidades da população, a fixação do preço do passe em 70 euros, um caminho de ferro com o objetivo de serviço público são algumas das justas reivindicações nas quais o SNTSF se identifica. Tem sido com a intervenção do sindicato que temos minimamente garantido as condições de trabalho e de segurança para os trabalhadores e utentes ficando aquém daquilo que deveria ser feito, que seria o preparar as linhas para mais comboios e manter o serviço nas estações para permitir o crescimento populacional e económico da região.
Lutámos e desenvolvemos diversas acções ao lado dos trabalhadores contra o encerramento das oficinas da Figueira da Foz, agora reabriram. Há quem diga que mais vale tarde do que nunca, nós dizemos que outros interesses falaram mais alto nessa altura e não foi o sector ferroviário, os trabalhadores ou os utentes.
Lutámos contra o encerramento da SOREFAME. Está na altura de emendar esse grande erro se realmente houver vontade política para isso, apostando na construção de material circulante que tanta falta faz ao país.
Quando lutamos, sabemos que há sempre quem tente virar os utentes contra os ferroviários. Mas têm falhado porque a luta dos ferroviários é também a luta dos utentes para combater o desmembramento da empresa e a sua privatização.
Lutamos por um sector ferroviário ao serviço da população e do país.