Recebemos um documento dia 28, com ligeiras alterações feitas pela CP/governo na Carreira Comercial após a reunião do passado dia 16 de Julho para ser discutido hoje, mas não contempla a posição e a opinião dos trabalhadores já transmitida diversas vezes pelo SNTSF.
A discussão centrou-se na polivalência funcional na Carreira Comercial. Inicialmente o negociador da CP/governo informou que acatando algumas posições transmitidas na última reunião, a categoria de Assistente Comercial é uma categoria para “extinguir” dando a oportunidade aos trabalhadores de escolher permanecer na categoria profissional se assim o entenderem. Os moldes a ser propostos para essa transição serão informados posteriormente.
Uma segunda informação foi “não estar nos planos da CP reduzir trabalhadores na categoria de ORV”. Para o SNTSF, não só tem existido redução nos últimos anos em todas as categorias profissionais como o objectivo principal é a não contratação de mais, como está claro na proposta da CP, com mais polivalência funcional em todas as categorias profissionais.
Foi transmitido também que não está nos planos da CP/Governo a valorização dos trabalhadores através do novo Regulamento de Carreiras.
Na discussão das funções do Assistente Comercial, foi retirada “…ou nos comboios em trânsito” e acrescentado “…fixos” a seguir aos postos de venda na alínea a)
Foi retirado “…ou dentro dos comboios em trânsito” e “reclamações de clientes” na alínea d)
Alterou-se “…acções de prospeção de mercado” por “ações de promoção”
Inseriu-se “…em posto de trabalho” a seguir a trabalhadores na alínea h).
A alínea f) foi eliminada.
Nas restantes categorias da Carreira Comercial, mantem-se a intransigência da CP em continuar a propor a fusão, nomeadamente propondo a categoria de Operador Comercial com a fusão de duas, OVC e ORV.
Deixámos claro, e uma vez mais que para os trabalhadores é uma linha vermelha que não pode ser ultrapassada.
O SNTSF, continuará firmemente a defender a posição de todos na mesa negocial e a desenvolver contactos nos locais de trabalho e se a intransigência da CP e do governo se mantiver na próxima reunião no dia 3 de Setembro, discutiremos com os ferroviários as acções a desenvolver a partir dessa data.
Os avanços e a concretização dos objectivos reivindicativos serão exclusivamente dos trabalhadores, na confiança de quem os representa, principalmente com a sua participação, mobilização, sacrifício e determinação na luta. Uma Luta certamente necessária para avançarmos para um Regulamento de Carreiras com categorias profissionais que dignifique os ferroviários e que se traduza em melhores salários, condições de vida e trabalho.
